AVES

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As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, bípedes, homeotérmicos, ovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo.

As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como a avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros. Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.

Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pingüim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticas, mamíferos em particular).

Adaptações ao vôo

No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo ao animal. Entre estas podemos citar:

  1. Endotermia
  2. Desenvolvimento das penas
  3. Desenvolvimento de ossos pneumatizados
  4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
  5. Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos
  6. Postura de ovos
  7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
  8. Ausência de bexiga urinária
  9. Ausência de dentes
  10. Corpo leve e aerodinâmico

As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprio Tyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido. Acredita-se que as penas teriam sido preservadas na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.

Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (sendo um termo melhor "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.


Com relação a características ósseas relacionadas à adaptação ao vôo, podemos citar:

  • Diminuição do crânio, sendo este composto por ossos completamente fusionados no estágio adulto;
  • Rostrum (mandíbula + maxilar) leve, podendo ser "oco" (p. ex. em tucanos, Ramphastidae) e coberto por uma camada córnea, a ranfoteca;
  • Forame magno direcionado posteriormente, facilitando a posição "horizontal" da ave (quando em vôo);
  • Diminuição do número de vértebras, em especial no sinsacrum (fusão de vértebras e outros ossos da cintura pélvica) e pigóstilo (vértebras caudais fusionadas);
  • Tarsos (mãos) com grande fusão de ossos, sendo que atualmente só se observam três dedos;
  • Fusão das clavículas formando a fúrcula (conhecido popularmente como "osso da sorte"), como adaptação ao fechamento dos órgãos dentro de uma caixa óssea;
  • Costelas dotadas de um processo uncinar (projeção óssea posteriormente direcionada de modo a fixar uma costela com a costela imediatamente atrás), também uma adaptação ao fechamento;
  • Prolongamento do osso esterno e desenvolvimento da carena ou quilha esternal, sendo que, o primeiro também é uma adaptação à formação da caixa óssea e o segundo uma adaptação para a implantação dos músculos do vôo, necessariamente fortes.
  • Fusão de ossos nas pernas (apêndices locomotores posteriores) formando a tíbia-tarso e tarso-metatarso.

Quanto a outros órgãos, as aves perderam os dentes (redução do peso total do animal) e as bexigas, e a grande maioria dos grupos de aves perderam o ovário direito. O sistema de sacos aéreos funciona em conjunto com o sistema respiratório (por isso a respiração em aves é diferente dos outros grupos de tetrápodes). Ainda tem função de diminuir a densidade do animal, facilitando o vôo e a natação (no caso de aves que mergulham).

Todas essas características já são observadas em outros grupos de répteis, em especial nos Dinosauria, o que levou especialistas a classificar as aves não como um grupo à parte (Classe Aves, como era conhecida antigamente), e sim como um grupo especializado de dinossauros (veja Ascendência das aves).

Morfologia

Morfologia de uma ave (Vanellus malabaricus)

Do ponto de vista morfológico, as aves constituem um grupo um tanto particular e uniforme dentro dos tetrápodes (Tetrapoda) atuais. Particular porque se distinguem facilmente de outros grupos de animais vivos e uniformes porque, apesar do grande número de espécies e adaptações das mais variadas para diferentes nichos ecológicos, o grupo como um todo mantém sua morfologia bastante semelhante (diferentemente, p. ex., dos mamíferos).

Entre as características morfológicas de grande importância ecológica e evolutiva, estão o formato do bico e dos pés e a proporção área alar/tamanho corporal.

Do ponto de vista sistemático, a estrutura da siringe é de particular interesse, tendo sido de fundamental importância na divisão da ordem Passeriformes em Tyranni (Suboscines, ou "aves gritadoras") e Passeri (Oscines, ou "aves canoras, que cantam"). Mais recentemente, a estrutura da siringe também tem sido usada para estudos filogenéticos em grupos de aves não-Passeriformes (p. ex. os Falconiformes).

Classificação das Aves

Ver artigo principal: Lista completa de ordens de aves
Neornithes
Paleognathae

Struthioniformes



Tinamiformes



Neognathae

Neoaves


Galloanserae

Anseriformes



Galliformes



Craciformes







Classificação Tradicional

A classificação tradicional segue o padrão de Clements (também conhecido como as ordens de Clements):

Classificação Sibley-Ahlquist

Ordens de aves segundo a Taxonomia de Sibley-Ahlquist

Ancestrais

As aves descendem de répteis Diapsida Theropoda, ao passo que os mamíferos fazem parte da linhagem Sinapsida.

O Archaeopteryx é o mais antigo fóssil conhecido de ave e data de aproximadamente 140 milhões de anos atrás, do período Jurássico. Era um pouco maior que uma pomba e possuía cauda longa, percorrida pela coluna vertebral, como os répteis, além de dentes, dedos individualizados com garras e, como característica mais marcante, penas do corpo e penas de vôo assimétricas (indícios de que esse animal era capaz de voar).

As aves pertencem ao mesmo grupo dos dinossauros, sendo que já foram descobertas penas (ou estruturas semelhantes, mais primitivas) em outros grupos de Dinosauria. Portanto, atualmente aceita-se o grupo aves não como Classe (a exemplo de Mammalia), mas um grupo bastante diversificado e atual de Dinosauria.

Há cerca de 65 milhões de anos, com a extinção da maioria dos grandes grupos de répteis ocorreu uma grande radiação adaptativa e consequente diversificação das aves, que passaram a povoar praticamente todos ambientes terrestres.

A filogenia dos grupos atuais de aves ainda está pouco elucidado, sendo difícil afirmar quais os grupos ancestrais e quais os mais derivados e de quem descendem.

Atualmente aceitam-se dois grandes grupos de aves: Paleornithes (ratitas) e Neornithes (carinatas).

PEQUENA LISTA DE AVES DO BRASIL

(Lembrando o nome da ave esta abaixo da imagem)

Ema


Inhambu-anhangá

Tachã

Irerê

Jacu-de-spix

Mergulhão-caçador

Pingüim-de-magalhães

Albatroz-real

Bobo-grande-de-sobre-branco
2
Painho-de-cauda-furcada
1
Rabo-de-palha-de-bico-laranja

Família Phaethontidae Brandt, 1840

Pelicano-pardo

Atobá-pardo

Biguá

Biguatinga

Fragata (macho)

Garça-roxa
Arapapá

Curicaca

Maguari

Flamingo-comum

Urubu-rei

Águia-pescadora

Harpia

Quiriquiri

Carão

Jacamim-de-costas-cinzentas

Frango-d'água-azul

Picaparra

Pavãozinho-do-pará

Seriema

Batuiruçu

Piru-piru

Pernilongo-de-costas-negras

Téu-téu-da-savana

Pomba-antártica

Maçarico-de-perna-amarela

Jaçanã

Perdiz-do-mar-comum

Mandrião-pomarino

Gaivotão

Trinta-réis-boreal
Talha-mar (juvenil)
Pombão

Arara-azul-grande
Arara-canindé
Maracanã-guaçu
Ararajuba
Papagaio-de-cara-roxa
Anacã
Jandaia-amarela

Cigana


Alma-de-gato

Coruja-da-igreja
Murucututu

Guácharo
Mãe-da-lua
Bacurau-de-asa-fina

Subfamília Trochilinae Vigors, 1825

Beija-flor-marrom
Surucuá-grande-de-barriga-amarela


Martinho
Udu-de-coroa-azul

Ariramba-de-cauda-ruiva
Rapazinho-dos-velhos

Tucanuçu
Tucano-de-bico-preto
Tucano-grande-de-papo-branco
Pica-pau-anão-de-coleira
Pica-pau-branco

Choca-da-mata
Choquinha-de-flanco-branco
Trovoada

Tovaca-estriada

Arapaçu-de-garganta-branca
Arapaçu-escamado-do-sul

Pedreiro-dos-andes
João-de-barro
Pichororé
Arredio-pálido
Miudinho
Teque-teque

Piolhinho
Alegrinho-de-garganta-branca
João-pobre

Maria-leque
Papa-moscas-cinzento
Príncipe
Noivinha
Lavadeira-mascarada

Bentevizinho-de-penacho-vermelho
Neinei
Suiriri-valente

Anambé-azul

Uirapuru-de-chapéu-azul
Rendeira
Cabeça-de-ouro

Chibante
Anambé-branco-de-máscara-negra

Pitiguari

Gralha-picaça
Andorinha-do-sul
Andorinha-de-dorso-acanelado

Garrincha-dos-lhanos

Caraxué
Sabiá-laranjeira
Sabiá-do-campo

Cambacica

Tiê-sangue
Sanhaçu-cinzento
Saí-azul
Saí-de-perna-amarela

Canário-da-terra-verdadeiro
Canário-do-brejo
Tiziu
Coleirinho
Cardeal
Tempera-viola
Papa-capim-americano
Mariquita-amarela
Japu
Polícia-inglesa-do-norte
Vira-bosta

Pintassilgo-europeu
Gaturamo-verdadeiro

Bico-de-lacre

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