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As serpentes, répteis revestidos por escamas epidérmicas córneas.

As serpentes são animais vertebrados que pertecem ao Reino Animalia, Filo Chordata, Classe Reptilia, Ordem Squamata, Subordem Ofidia e com Famílias, Gêneros e espécies variadas.

Entre as princiapis características destes animais destacam-se: corpo recoberto por escama, grande abertura mandibular, ausência de membros locomotores, pálpebras móveis, orifícios auditivos, ovíparos (põem ovos), realizam muda epidérmica (troca de pele).

Assim como os demais répteis, as serpentes não possuem controle sobre a temperatura corpórea, portanto são organismos de sangue frio, recebendo a denominação de ectotérmicos, ou seja, o comportamento térmico acompanha as variações ambientais.

Podem ser classificadas em dois grupos:

As peçonhentas → são as serpentes que possuem glândulas especializadas na produção e armazenamento de substâncias tôxicas (a peçonha, vulgarmente chamado de veneno), assocoadas ou não aos dentes inoculadores.

As não peçonhentas → são as serpentes desprovidas de dentição inoculadora de peçonha.

Contudo, alguns padrões superficiais (visíveis), podem auxiliar no reconhecimento preliminar na distinção das serpentes, sendo:

- Os aspectos normalmente característicos das peçonhentas: cabeça triangular; cauda terminando abruptamente; escamas ásperas e sem brilho; olhos com pupila em fenda; e presença de fosseta loreal.

- E os aspectos geralmente típicos das não peçonhentas: cabeça redonda; cauda com terminação suave; escamas brilhantes e lisas; olhos com pupila redonda; e ausência de fosseta loreal.

A identificação também pode ser realizada por análise específica e cautelosa da dentição em categorias, segundo a presença ou ausência dos dentes inoculadores, o tipo e a posição.

Áglifas: serpentes com aparelho bucal desprovido de dentes inoculadores. Estes animais são homodontes (dentes iguais), pequenos e maciços. Jibóia, Sucuri e Caninana.

Opistóglifas: serpentes heterodontes (com dentes diferentes), com dentes pequenos e maciços e também um par de dentes mais longos e sulcados por onde escorre a peçonha, com posição na região posterior (no fundo) na boca. Cobra-cipó, Muçuranas e as falsas corais.

Proteróglifas: serpentes hetedontes, com dentes semi-canaliculados na região anterior da boca e com pouco destaque em relação aos demais. Corais verdadeiras.

Solenóglifas: serpentes heterodontes, com grandes dentes inoculadores canaliculados e posição anterior. Cascavéis.

Ações bioquímicas das peçonhas (venenos)

Ação miotóxica: provoca lesões nas fibras esqueléticas.

Ação hemorrágica: provocam alterações da coagulação, com efeito, sobre a degradação de fibrina e fibrinogênia (incoagulabilidade), além de lesões na membrana basal dos capilares sangüíneos.

Ação proteolítica: substâncias mediadoras de processos inflamatórios, intensificando a atividade metabólica das proteases: hialuronidases e fosofolipases.

Ação neurotóxica: atua nas terminações nervosas, provocando paralisias motoras em conseqüência do bloqueio neuromuscular (interrupção sináptica), conseqüente inibição funcional da acetilcolona.

Por Krukemberghe Fonseca

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